segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

POEMA DA FELICIDADE

Hoje quero fazer poesia,
Poetizar sobre dor e sofrimento
Se tornou corriqueiro,
 lhe desafio poeta que sos,
A narrar sobre a temível felicidade

Aquela que nos habita inesperadamente
Quando  filho desgarrado,
Retorna á casa
chuva de verão embalando,
crianças na esquina

Dizem que poetas descrevem sobre o infortúnio 
Estilhaçando a esperança medíocre,
que teimosamente persiste
Em reter-se, lá no fundo do peito

Pois , lhe interrompo,
A madrugada se finda
Eis que me deparo com ela
Frente a ela
Não sabemos ainda,
O que fazer com nossos
corpos desejantes

Nesta vereda,
A interrogo,
Por que tardastes tanto a chegar
Declino minhas emoções

Percebo, que gente assim,
não sabe constituir versos,
sobre sentença tão efêmera,
Não vá, não desista,
talvez ambas se reconheçam

Havia algo em ti
Quiças um sorriso,
 trazia-me lembranças dela
Senhora, não te iludas !

Será talvez
preciso, longas prestações
Desse substantivo,
Para  despor de ti,
Todo  entulho que a solidão
A soterrado em tua alma.

Mas recorde, se um dia acordares
Disposta a uma nova manhã
A felicidade é também, 
um desejo, um querer

A possibilidade do sorriso fácil
E de deixar que uma alegria qualquer,
adentre essa casa escura
E habite tua alma,
esquecendo em seguida,
 o momento  de partir.

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