quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Singelas palavras tecidas no tempo.

Lhe dedicou as últimas palavras, e um sentimento apoderou se sobre ela, relacionado a tantas outras lembranças. Aos dias felizes que eram cada dia mais raros, as pessoas agem de modo estranho, se entristecem, mesmo quando compreendem que este ato é tudo que lhes restam, é como se o fim lhe postergasse talvez uma derrota, quem sabe a certeza que em algo se fracassou. Talvez por isso mesmo teimam, em persistir naquela teia de mágoas, ao encarar o fim que lhes chega a porta, sedenta para entrar e instalar se naqueles corações.
Difícil, deveria ser aquele momento, todos diziam que o era. O que a moça não sabia ainda, é que aquele seria o início de dias felizes. . . 


Das palavras tecidas pelo tempo

Se parti?
Sim, a partida
Me pareceu inevitável
Há quanto tempo?
Não sei, 
Desfio o tempo pelas palavras.

E elas há muito me diziam
Que aquele tempo
 estava vazio
Então parti, parti para outras veredas.

Fui falar com  aquele  tempo 
Aquele tempo, que se escoava naquele vazio
Costurei e enredei sobre ele
A história, que não era a minha
Mas era a história que sonhava, 
Que corria sobre meus olhos.

Encheu meu ventre e minhas memórias
De palavras, daquelas palavras bonitas
Palavras feitas de mar, palavras feitas e desfeitas
De tantas lembranças que trago em meu peito.




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