segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

O DONO DO MUNDO

Aquele homem, era sim

O dono do mundo,

O mundo particular de Aramí

Se fazia Deus, para os seus olhos

Dono de seu amor e pensamentos,

Quiças, pouco, muito pouco

O que a negrinha podia lhe oferecer

Porém, muito mais, são todas as bocas, pernas e vaginas

Todas as vaginas do mundo

Espalhadas por todos os cantos

Vestígios delas por toda a casa

O cheiro de cada uma delas, presos no corpo daquela negrinha

No corpo dele , feito tatuagem

E a boca

Daquele senhor, dono do mundo

Hoje causam náuseas e um certo horror

Lhe beijas e traz consigo o sabor

De todas as outras em seus lábios,

Se antes dono de seu mundo, pequenino e tão sincero

Hoje se vê  longe daquela negrinha

Mas a contemplar o grande amor de sua vida

Que não existe em particularidade

Só se efetiva quando, reúne para si

Todas as vaginas do mundo.






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