sexta-feira, 26 de outubro de 2012




O SILÊNCIO

As palavras, me golpeiam
Mas que no dito
Confio no fito e nas tantas palavras
Que o silêncio,
Instiga O presente que hoje perpetua
Amanhã pode ser, não mais que palavras
palavras sem cheiro e sem tato.
Primeira vista

Um cansaço
Do não ser
Do não dito
nas palavras, quase ditas
Permanece o silêncio do não pronunciável

Deste desejo de enunciação (se acumulam )
Desejos do dizer
As vezes náuseas noutras
melancolia,
Não deveriam jamais perpetuar 

O que era para eternizar
Torna-se perene e fugaz,
Bailam em meu corpo
Sem cadência ou ritmo
Destituída de toda  poesia.

Da métrica, apenas a lógica quase sensível
De uma matemática em decomposição
perspicaz como os poetas concretos